Música para alma!#640
Bom dia, meus queridos!
Como vos tinha dito ontem, hoje vou falar-vos sobre a conclusão da Entidade Reguladora para a Saúde, proferiu relativamente á queixa da filha de uma doente em estado terminal, internada no IPO do Porto.
A filha apresentou queixa, devido a ser impossibilitada de estar com a mãe, durante todas as horas de internamento, nos seus últimos dias de vida.
Este é um tema sensível, que vou tentar dar-vos a conhecer os dois lados, porque ambos não deixam de ter a sua razão...
O meu intuito com este post é alertar consciências, pois infelizmente nunca sabemos o que a vida nos reserva.
No artigo do Observador, podem ler aqui:
"Uma deliberação da ERS conclui que o IPO do Porto não garantiu à mulher o direito de acompanhamento e fala em acção censurável e de falta de cuidado. Enfermeiros chegaram a ameaçar chamar a segurança."
A Entidade concluí que o IPO do Porto, não garantiu o direito da filha acompanhar a sua mãe, doente em fase terminal com cancro, nos seus últimos dias de vida, permanentemente...
Eu compreendo perfeitamente a dor e o desespero da filha e o motivo da queixa. Só espero nunca estar na sua posição!
Mas o problema é que nos hospitais públicos e principalmente nas Instituições com os IPO´s, infelizmente o cancro e a morte é uma realidade diária constante.
Numa enfermaria, não há quartos individuais para vários doentes, em fase terminal, com condições para os seus familiares estarem noite e dia! É algo impossível nos hospitais públicos, só no privado isso é possível.
Nos Serviços de Oncologia Médica é onde se encontram a maioria dos doentes, em fase terminal.
Onde termina a privacidade e a dignidade de um doente começa a de pessoa!
Há vários doentes, só num quarto. Imaginem terem um familiar vosso ou mesmo vocês estarem internados, saberem que têm uma pessoa ao vosso lado a morrer.
A higiene dos doentes é feita no período da manhã, tanto como a visita médica. Como é natural os doentes, vão estar despidos, descompostos. Sentiriam-se bem, se a vossa privacidade ou dignidade fosse invadida? Ou mesmo dos vossos familiares?
Já o é diariamente! Há que minimizar, estas situações.
Vou dar-vos um exemplo de um doente de etnia cigana, que quando vem um, atrás vem o acampamento atrás, a maioria não respeita nada, nem ninguém.
Se que lixe o politicamente correcto e não venham com a história dos coitadinhos que são marginalizados.
Quem lida com eles diariamente, sabe do eu estou a falar. É a pura verdade!
O vosso familiar está em fase terminal, ao seu lado têm um doente de etnia cigana e imaginem que permitiam a entrada de todos os familiares, no quarto 24 horas por dia?
Conseguem, imaginar o quanto ia desestabilizar? Seria a todos os níveis para o serviço e principalmente para todos os doentes que estejam internados.
Por todos os motivos que vos falei, existem regras e horários de visita estabelecidos!
Existe uma diferença entre um doente em estado terminal, mas que o médico não consiga prever quanto tempo de vida tem. E quando a morte é iminente.
As Unidades de Cuidados paliativo, estão melhor equipadas e preparadas para lidar com doentes em fase terminal. Para que os seus familiares possam acompanhá-los, nas suas últimas horas de vida!
O estado devia investir em mais Unidades de Cuidados Paliativos, há uma longa lista de espera de doentes. Muitos morrem antes de conseguirem vaga ou os que conseguem, vão para longe da sua área de residência.
Sendo incomportável, os gastos dos familiares em deslocações.
É ainda mais triste e desumano, saber que o nosso ente querido está a morrer e não temos dinheiro para o visitar...
Os sucessivos governos têm deixado o investimento na saúde pública para trás! Todos os contribuintes, seres humanos deviam ter acesso a todos os cuidados médicos necessários e com dignidade.
Os privados têm crescido como cogumelos.
Não, sei se os profissionais do IPO do Porto foram insensíveis ou não?! Há bons e maus profissionais em todo o lado. Perante o desespero da filha, ao negaram estar na companhia da mãe, na sua mente e coração tenho a certeza que foram!
Mas, não acredito que o tenham sido! Nestas Instituições, há outro tipo de sensibilidade por parte dos profissionais.
Apesar de o post de hoje, ser muito pesado espero que tenha conseguido chegar até vós?!
E que tenham percebido que este tipo de situações, são muito delicadas! Os hospitais, tentam preservar a dignidade e tranquilidade de todos os doentes, com a escassa falta de recursos físicos e humanos.
Quero concluir, que a Entidade Reguladora da Saúde, está totalmente a leste das dificuldades que os hospitais públicos, têm todos os dias.
Devia preocupar-se em fazer um levantamento da falta de recursos que existente nos hospitais públicos. Isso, sim seria de valor! Em vez de fazer passar uma instituição por incompetente e desumana.
E junto do Governo interceder em benefício dos doentes e seus familiares, para que em situações semelhantes, haja condições dignas.
Desculpem, o testamento! Mas achei importante, alertar as pessoas para a dura realidade.
Depois, de um post triste. Precisamos, de uma música alegre.
O DJ Jonas Blue está de volta! Sempre em boa companhia e esta música "Wild", está brutal.
Stay tune!